Formada em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desde 2019, estudou Filosofia na mesma Universidade e atualmente é pós-graduanda em Psicopedagogia. Nas horas vagas faz esculturas, quadros e desenhos. Blog perdido no webspace para falar coisas aleatórias, poemas e salvar fotos.
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DE QUATRO
DE QUATRO
Quatro estações definidas, uma única ficará marcada. A natureza não nos pune, mas registra cada uma das nossas escolhas, erradas. Desejo poder sobreviver mais uma breve estação, mas cada dia que passa Meus membros ligam-se ao chão. Março passou, julgaram ser grandes demais neste vasto universo. Agora, Deitamo-nos em curtos espaços de quatro paredes, imersos em si durante um abril que promete ser longo. Existem portas, apesar disso não devemos abri-las, Caso façamos, morreremos, devido a uma única partícula, inimiga. Enfim a sós com o nosso maior inimigo, ele não está lá fora, está contigo. Somos reféns, de quatro estamos, para o que nunca imaginamos. Cansada fico, mas registro um pouco de mim caso venha a ir embora. Se ainda estou aqui, tenho meus motivos em querer persistir, Catorze dias, temos que aguentar em nosso lar. Passa rápido, breve será.
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FUTURO DO PRETÉRITO
Guia-te ao futuro, mesmo sentindo o pesar do teu passado. Tu és o Futuro do Pretérito da vida, uma constante do indicativo que insistiria. Vives lá, basta lá, na beira do mar. Não ao lado, não em frente, mas em mim, bastaria tu. Guia-te, basta seguir. Tu és a constante memória que me leva longe. Insistiria em ficar, mas bastaste. Diria eu: - Livra-me Caso fosse, mas não foi, não será. Tu és a constante, o real. O presente da memória, o pretérito da história. Tu és o irregular, o auxiliar. Eu sou, basta ver. Eu sou o futuro que carrega o nós que não aconteceu.
QUANTOS CORPOS CABEM AI?
Existem boatos que tu escondes muitos corpos, Havia dois meses que não te encontravas, Quero questionar-te, como podes suportar tantas dores? Carregas sobrecargas e até vazios, Quantos universos tens engolido neste escuro? Afinal, são infinitas horas nisso. Suponho habitar em ti uma imensidão ou apenas queres fazer teu trabalho, E enquanto desliza o fim da linha sobre esses nus, deve partir, suponho. Alguma corda dessa já desafiou uma "carne fraca"? É um emaranhado, é de arrepiar. Mas no outro dia tu já não te bastas, queres mais. No fim das contas tu abraça-os ironicamente, há corpos por toda parte, como pode não haver um favorito? Poderia julgar-te cínico, mas eles te procuram tão ferozmente que me banho de dúvida. Vejo que não tens escolhas, apenas faz. Quantos corpos cabem aí dentro? Quero arriscar-me nesta perigosa noite, leva-me! Coso tu não fosses o cobertor perfeito, Jamais conseguiria ir tão longe contigo.
Por que o céu é azul?
Todo o azul do céu expõe que há verdade. O que enxergamos é a realidade? Além da imensidão, suspeitam que existe algo além. Que alcança a mim, e aos meus pecados também. Deve alcançar o de outro alguém, pois bem. Entendemos o azul do céu como o bastante. Sendo que se eleva e é bem mais distante. Mais do que aquém, existe outro azul do céu também? Incapazes de enxergar o depois, Nossos olhos não alcançam o futuro. Enxergamos uma brincadeira da realidade, Mas se for além não aguentam a verdade. A dúvida existe, por que o céu é azul? Insiste. Crianças persistem nessa dúvida comum. É mesmo incrível! É de se reconhecer. Essa capacidade de duvidar é limitada Quando acreditamos crescer.
LOUISE
A Louise entrega-se à beira do precipício interior, É a jovem que se julga tão pura diante de nós. Todos testemunha de quem ela é. Sabemos Louise! O corpo não prova que és tão límpida quanto a mim. A água que beberam em meu jardim, semana passada, enfim acabou. Busquei em terra nova. Vou à estrada perto do rio, o Limbo não mais me espera. Digo-vos, encontrei-a invadindo minha quietude nessa tarde, Destratando os que julga conhecer tão bem, muitos de vós. Dizei o que ela merece, assim como meu corpo merecerá. Parece nada para Louise, vi-a hoje, perto dela sussurrei: - “Enxerga-te Louise, olha verdadeiramente a arte do teu pecado”. Oh! Louise, disfarçando o desejo barato com uma ingenuidade que nem sequer existe. Gritou ela: - “Sou esposa de Cristo, o meu salvador” Conhecíeis o verdadeiro esposo que se deita ao lado da Louise. A própria mente dela às 3 horas da madrugada e o coração amargo será julgado. Cristo por ser quem é, não a venderia na porta do Pai. Diferente daquele que a beija em todos os crepúsculos. Grave, tão grave és, sujas és quanto a mim deitada nas larvas do rio morto, Oh! Louise! Para alcançar meu castigo sob o fio da luz. O Esposo, lançou-me à luz e a presença de Caronte não o impediu. Neguei o meu direito diante dele, diante de vós, partirei. Justo é meu banho, regressa Louise à terra das margens do Aqueronte que a engolirá brevemente. Apontando para mim, vi-a mais uma vez. Mal sabia, arquitetam sugar a falsa límpida alma quando eu partir e quem derá mais uma vez Banhar-me sob o fio da luz Divina.