S Vezes Eu Tenho A Impresso De Que A Existncia Uma Coreografia Macabra Com O Nada. O Nada De Sentido.
Às vezes eu tenho a impressão de que a existência é uma coreografia macabra com o nada. O nada de sentido. Vivemos profundamente preocupados com tudo o que devemos conquistar, ser e aparentar, para que no fim, sejamos jogados em direção ao nada.
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O vazio que sempre senti, sempre foi, em nome do meu idealismo do amor. Ilusão intragável que me tomou. As noites de ansiedade, os dias tristes e melancólicos, são por conta dessa triste ilusão. Ah! Quem dera eu não fosse um ser faltante.
Desde adolescência eu me lembro das noites solitárias em que sonhei com o tal "amor romântico". Quantas vezes me imaginei desfrutando de sinceros abraços e beijos, de gestos e olhares profundos.
Me vejo como um homem patético, pois o meu tendão de Aquiles, meus vícios, minhas noites solitárias, e em parte a causa da minha ansiedade, é por conta desse ridículo sonho de um amor romântico. Uma mulher, quem sabe, que me ame.
Que triste ilusão! Esperando que o outro cessará a angústia atávica. A angústia é a substância da alma, como dizia Sören Kierkegaard.
Certa feita, a psicanalista Maud Mannoni lançou uma poderosa sentença à condição do ser humano, em nome de Lacan: "O maior desejo do ser humano, é o de ser desejado pelo outro."
Eis a nossa condição miserável, somos seres faltantes, desejantes, e acima de tudo, queremos ser desejados pelo outro. Que espécie infeliz!
E eu, como um animal faltante que sou, carrego a minha miséria. À este mundo, só tenho à oferecer essa miséria. A condição de homem supérfluo. Nada mais.
"Invadia-me uma indiferença, uma atonia, que me fazia viver sem me decidir a tentar o menor passo para sair da situação em que me achava."
Lima Barreto
As vezes o que eu preciso é de silêncio, uma boa música clássica e uma leitura cativante. Eis o remédio para minha alma.
meus melhores dias e meus piores dias têm algo em comum, ambos são minhas responsabilidades.
Sou meu maior aliado, sou meu pior inimigo, posso conquistar o mundo e também acabar com tudo.
Sinto que ultimamente desempenho apenas o papel de vilão da minha própria história e por mais que eu tente, não consigo acertar, não consigo fazer nada direito.
Em minha mente, sei exatamente o que fazer, mas nada sai como eu gostaria, não consigo controlar minhas próprias ações.
- Rodrigo Bueno