Shell Elise - Tumblr Posts

8 years ago

Ocean não ia deixar a oportunidade de ver cada barraca e decoração bem perto, quase colocando o nariz grudado à estrutura. Afinal. era um tritão da família de Ariel e a curiosidade corria em seu sangue com a mesma velocidade que cortava as águas com sua potente cauda. Era por distração, bem mais, e não de fato participar daquelas que não tinha lá muita prática. --- Elise, por favor, finge que não me viu. --- Brincou ao colocar as mãos cobrindo parcialmente o rosto, mas seu corpo já seguia em direção a mulher, ansiando por tentar a atividade conduzida por sua colega de profissão. --- Eu sou bom embaixo d’água e com giz. Minha mira e a cabeça de alunos é perfeita. --- Pegou um dos dardos, agradecendo com uma breve mesura. --- Que tal você vir aqui do lado e tentar comigo? Uma competiçãozinha sem vencedores e perdedores? E você começa.

Ocean No Ia Deixar A Oportunidade De Ver Cada Barraca E Decorao Bem Perto, Quase Colocando O Nariz Grudado

@waterheir liked for a starter! ♥

Após aproveitar sua cota do evento como uma visitante, chegou a hora de Elise voltar ao trabalho. Não seu trabalho cotidiano, claro, naquele fim de tarde seria voluntária em uma barraca de jogos. O clássico tiro ao alvo, adorado por muitos, principalmente por aqueles talentosos o suficiente para ganharem uma prenda. Conforme o sol se punha no horizonte, no entanto, o movimento na barraca foi se tornando cada vez mais baixo. Mas Elise não desistiria com facilidade, chamava todos que passavam para participar da brincadeira quando pousou o olhar em um de seus colegas. “Sr. Ocean!” convocou, mesclando o entusiasmo com um toque de profissionalismo. “Sabe atirar?”

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8 years ago

missostergaard:

“Você não vai escapar dessa” afirmou, em tom de brincadeira, enquanto gesticulava com as mãos como se o puxasse na direção da barraca. Na presença de Ocean, permitia-se deixar a fachada de adulta madura e séria de lado, provavelmente por vê-lo como uma pessoa que conseguia conciliar diversão e responsabilidade. “Bom, isso é quase como um giz, só é… completamente diferente.” Elise não possuía muita experiência com dardos, ainda assim, aceitou a proposta do professor e passou pela portinhola que separava os dois lados do balcão. Não conseguia resistir a uma competição. “Sem vencedores ou perdedores, qual é a graça? O vencedor ganha uma prenda, são as regras do festival” explicou, considerando que, de fato, havia sido avisada a respeito daquela regra quando começara seu turno na barraca de jogos. Esclarecendo aquele detalhe, estava pronta para começar. Elise segurou um dardo cor de laranja e o atirou, acertando o número cinco no alvo, quase um seis. “Qual é a média nessa escola hoje em dia?”

Missostergaard:

Ocean moveu-se minimamente para o lado, dando um espaço à mais para a professora ficar ao seu lado. --- É igual mas é diferente, sei como é. Mergulhar com todos os equipamentos ou magia é uma espécie de nadar, mas é totalmente diferente de nadar sem absolutamente nada. --- Esperava que o exemplo fosse melhor do que os nervos, estes se excitando e revoltando na ansiedade que só crescia. De começar logo e voltar a ter a sensação dos treinos de defesa no reino de Atlântica. --- Eu falo sem vencedores e perdedores porque, não importa quem acertar mais, você vai ficar com a prenda. --- Abriu um sorriso simpático, os ombros encolhidos em timidez fugaz e igualmente tímida em permanecer. --- E essas também são regras do festival, pelo menos para nós cavalheiros e heróis galantes. --- Encenou, o peito estufado e o queixo um pouco mais levantado que o de costume. Educação ou não, Ocean aderiu a prática tranquilamente, achando bem mais adequado do que cantar vitória. --- Depende da casa e da matéria, varia muito. Umas estão no 5,8; outras são... --- O número igual o que ela tinha tirado. O arremesso do herdeiro, no entanto, não foi assim tão melhor, pegando um 3 bem redondo. --- 3? Está errado isso daí. A média da minha turma é 8.

Missostergaard:

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8 years ago

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O lugar era o pior de toda a lição que programava. Ocean não podia entrar na água devagar, caminhando até o fundo e mergulhar como qualquer outro ser humano. Suas pernas hidrofílicas não permitiam e, ao menor contato com água, já o colocava no modo natação estilo sereia. Um lugar fundo, logo de cara, era o ideia, mas vinha outro problema. Ensinar alguém a nadar desse jeito, jogando no pior do mar, era mais traumatizante do que educativo. Por isso Ocean acenava à distância, um lugar na areia com formações rochosas modeladas numa piscina funda, mas permissível de ver o fundo pela água clara. --- Pode ser aqui? O professor tem uns probleminhas de ensinamento, como já sabe. --- Usava um short de banho, o poder impedindo da água do mar arrastada pelo vento entrasse em contato com suas pernas. Ocean se equilibrou na borda e pulou para dentro, uma fina camada de ar o separando do seu elemento. --- Pode vir, eu te seguro. --- Ofereceu o braço com a mesma simpatia que o sorriso surgiu em seu rosto. Os dedos abrindo e fechando chamando, incentivando a adentrar sem precisar ter medo.

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@missostergaard


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8 years ago

missostergaard:

O sentimento ao ver a profundidade do local que Ocean escolhera não era de medo, mas Elise com certeza estava receosa com a lição. Já era uma adulta e, como todo educador sabia, o passar dos anos dificultava a aprendizagem para todos. Havia evitado entrar em águas profundas por mais de três décadas, por que deveria tentar algo diferente àquela altura? Elise suspirou e removeu o vestido leve que usava por cima da roupa de banho. Vamos lá, você consegue. Desajeitadamente, aceitou o braço de Ocean como apoio, sentou-se nas pedras e fez todo o possível para não afundar rápido demais, mantendo o controle da situação. Embora estivesse com metade de seu corpo apoiado nas formações rochosas, onde poderia se segurar caso o pior acontecesse, havia conseguido entrar na água. Não era não ruim quanto imaginava, contudo, a sensação de não ter onde apoiar os pés poderia ser desesperadora se focasse sua atenção naquele detalhe. “Pronto. Podemos ir para os estábulos agora?” perguntou, ansiosa para fazer Ocean provar de seu próprio veneno. 

Missostergaard:

Não ria porque vai ser você daqui a pouco. Ele repetia para si mesmo enquanto mantinha os lábios comprimidos numa fina linha, a língua mordida com força em contribuição simbólica. Não deveria achar graça da situação, mas era impossível -- ainda mais como o tritão que era. Tanto medo naqueles olhos e por uma profundidade nem próxima da que estava acostumado a nadar. --- Elise, você nem pisou no chão direito. Nem nadou direito. Nada feito. --- A segurou com mais firmeza, o poder da hidrocinese acalmando a água agitada por ela em seu quase mergulho, quase batida em retirada imediata. --- A piscina não é tão funda assim. Tente encontrar o chão e pisar. E, também, só tem pedra lisa embaixo, nada assustador além de mim. --- E abriu seu sorriso mostrando os dentes. Em algumas lendas, tritões eram tão perigosos quanto sereias, com o mesmo apetite de carne e sangue como suas versões femininas. Era uma brincadeira, até certo ponto, seu gosto peculiar por alimentos sendo bem guardado. --- Você me prometeu tentar flutuar antes de me colocar cara a cara com meu próprio medo. Faça um esforcinho e compense a vergonha futura do herdeiro de Atlântica. --- Falava de ficar estático e duro, os olhos arregalados de medo.

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8 years ago

missostergaard:

Enquanto observava Ocean segurar uma risada, Elise anotava mentalmente para deixar uma gargalhada escapar quando chegasse sua vez de desafiá-lo. “Eu vou me lembrar disso” ameaçou, considerando tanto a expressão do professor quanto o que ele havia falado. Naquele momento, enfrentando o medo da total falta de controle, nem mesmo o bom humor de Ocean podia salvá-la da tensão. Desejava sair de lá a qualquer custo, portanto começou a reunir qualquer resquício de coragem para soltar-se da rocha. “Eu sei flutuar. Pelo menos sabia há alguns… vários anos.” Com a afirmação feita— mais para si mesma do que para Ocean—, empurrou levemente o apoio rochoso no qual se segurava e afundou alguns centímetros, tocando o fundo do lago com as pontas dos pés. Infelizmente, o professor estava certo. Pedra lisa. A falta de atrito notada pelo tato aguçado de Elise alertou o que estava por vir e, antes que escorregasse para trás e batesse a cabeça, a conselheira jogou o pouco peso não submerso na direção de Ocean, apoiando-se nos ombros dele para amortecer a queda. “Eu quase morri” murmurou, alguns segundos após o choque. 

Missostergaard:

Ocean não estava preocupado com represálias, a que ela faria não conseguiria piorar ainda mais o seu terror pelos animais de quatro patas. Por que era tão diferente dos marinhos? Por que não eram mais dóceis e menos assustadores que seus primos mais evoluídos? --- O ato de flutuar não mudou nesses anos ‘enferrujada’ e é bem mais fácil na água salgada. --- A pérola do conhecimento sempre aparecia para brilhar, mesmo que minimamente e fora de momento. O herdeiro só mantinha as pernas porque parecia ter melhor equilíbrio com elas para ensinamentos humanos. Contudo, a certeza se desfez com o contato, Ocean dissipando o poder para as pernas se transformarem em cauda e ela bater graciosamente para colocar a ambos na posição inicial. Cem melhor. --- Você nunca morreria comigo aqui, Elise. Coloque isso na cabeça. Eu não vou te soltar. --- No momento tinha um braço ao redor da sua cintura e que mudaria de lugar para braços e pernas quando tivesse que ajeitá-la no equilíbrio perfeito. --- Rosto levantado, respirando devagar, solte suas pernas. Deixe seu corpo relaxar. --- Um empurrão do poder para colocá-la ‘de bruços’ na linha da superfície. --- Bata as pernas, do joelho para baixo com mais força, do joelho para sima, mais suavemente. Consegue? --- As mãos bem seguras no braço logo abaixo do ombros. Seus próprios disponíveis para agarrar o quanto quiser.

Missostergaard:

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