Paula Pimenta - Tumblr Posts
"Um dia, o seu castelo desmoronou-se e com ele toda a sua vida. A princesa teve de reconstruir tudo. Pedrinha por pedrinha. Tijolo por tijolo. Ilusão por ilusão. Porém, ao abrir uma nova janela, ela viu que não tinha sobrado nenhum sonho. Apenas a realidade. Que ela percebeu que poderia ser ainda melhor..."
Paula Pimenta, "Cinderela Pop" (Princesas Modernas #1)
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
"Cinderela Pop" (Princesas Modernas #1)

Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Era uma vez uma princesa... Cíntia é uma princesa dos nossos dias: bem informada, com ideias próprias, determinada e fã de música! Esta princesa pop morava com os pais num castelo enorme de onde via a cidade inteira. Todas as noites admirava a vista da janela e sonhava com um príncipe que ainda não conhecia. Contudo, certo dia, o castelo de Cíntia desmoronou, arrastando tudo consigo. Desiludida, Cíntia deixou de acreditar em histórias de encantar e teve de reconstruir a vida sem espaço para o amor. Só não previu um detalhe. Um belo príncipe estava mesmo por chegar. E tudo o que este mais desejava era derreter o coração da nossa gata (nada) borralheira!
Aᴜᴛᴏʀᴀ: Paula Pimenta.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Aos 15 anos Cíntia Dorella tinha a vida que qualquer rapariga da sua idade desejaria: uma casa grande, muitos amigos, um bom colégio, pais carinhosos, atentos e muitíssimo apaixonados que lhe podiam dar tudo o que ela quisesse com um estalar dos dedos... Tudo era perfeito, pelo menos era o que parecia até, por ironia do destino, o pai trazer a amante para casa no único dia em que a Cíntia decidiu faltar à aula de inglês. A traição virou a sua vida do avesso e destruiu tudo, desde o casamento dos pais até à sua crença no amor, afinal, se a relação mais bonita que conhecera não tinha amor suficiente para aguentar, qual teria? Depois do divórcio, a mãe de Cíntia mergulhou no trabalho como nunca antes, sempre fora em viagens e ocupada, não conseguiu recusar quando recebeu a oferta de trabalhar numas ruínas no Japão por três anos, deixando a filha com a sua irmã mais nova, a tia Helena, e mantendo o contacto por chamadas de Skype. Agora com 17 anos, a vida é muito diferente para Cíntia: a amante do pai tornou-se sua madrasta e foi viver para a sua casa antiga com as duas filhas diabólicas, dorme na casa caótica da tia e, não tem tudo o que quer, nem perto, tem de negociar com um pai que mal consegue ver à frente para conseguir manter o contacto com a mãe. Nada perfeito. Sabendo que não pode perder a única hora de conversa que tem com a mãe por dia (que calha na hora do intervalo), Cíntia faz um acordo com o diabo: em troca do pai usar a sua influência para a direção da escola não lhe proibir o uso do telemóvel, aceita ir à festa de 15 anos das (só em sonhos) "irmãs" na casa antiga, e estar aberta à reconciliação. Claro que Cíntia se arrepende logo de aceitar e começa a pensar numa desculpa que convença o pai que não pode ir ao aniversário das gémeas. Aí lembra-se que tem marcada uma sessão de DJ no mesmo dia do aniversário, o que parece perfeito até perceber duas coisas: o pai não sabe nem pode saber desse seu trabalho, e a morada das festas coincide, o que significa que vai ser a DJ da festa a que está a tentar escapar. Cíntia sabe que para não comprometer ainda mais a sua vida vai ter de, ao mesmo tempo, esconder a sua identidade real enquanto passa a música para as "bruxinhas" e os seus convidados, e aparecer como ela mesma perante o pai para ele cumprir a sua parte do acordo. E é assim que, mascarada de carta da "Alice do País das Maravilhas" enquanto DJ Cinderela, conhece um rapaz lindo com quem conecta instantaneamente. Acontece que tal como ela, o rapaz não é quem quem diz ser, e que daí em diante, depois de ela descobrir, vai ter de travar uma batalha titânica para poder explorar os sentimentos à muito enterrados em si que ele despertou sem o castelo da sua vida se desmoronar outra vez. Com a sua madrasta malvada no seu encalce, Cíntia não vai estar segura nunca, mas o que ela não sabe é que não tem de se preocupar, as princesas têm sempre um toque de magia a proteger o seu final feliz.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: É a Paula Pimenta, o estilo de escrita é sempre eficiente, divertido e simples, com um toque de alguma coisa mágica que nos provoca borboletas na barriga e obriga a reler a mesma linha cinquenta vezes para não parecer que a sonhámos.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: É um reconto moderno de uma história da Disney, o meu tipo favorito de leitura. É leve, entusiasmante, diferente e nostálgico ao mesmo tempo, e muito romântico. O enredo tem a dose perfeita de originalidade e familiaridade e é maravilhoso de ler, além de ter umas lições que o conto de fadas original não tinha a oferecer. Mesmo sabendo como a história da Cinderela acaba, fiquei na ponta da cadeira (ou do chão, tamanhos os nervos) o tempo todo, rezando que a maldita secretária não arruinasse tudo.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: A Cíntia é uma protagonista ótima para uma história tão pequena, consegui com certeza identificar-me com a forma como a destruição da sua família a fez sentir e com os efeitos que isso teve na sua personalidade, além de perceber a sua hesitação em impedir a mãe de se ir embora. Mesmo que muitos dos que leiam não tenham passado por nada semelhante, a Cíntia consegue chegar ao coração e dar-se a entender. De facto, ela tem uma característica muito diferente da Cinderela original, ela não tem aquela força suave e empática que resiste às coisas más da vida e mantém o coração aberto, é o completo oposto, a Cíntia é mais bruta, direta, deixou as cores e o entusiasmo escapar-lhes pelos dedos e não perdoa facilmente. Mas é essa a parte interessante, a viagem dela não é só encontrar o seu príncipe, é também tornar-se na Cinderela verdadeira de certa forma, arranjar maneira de abrir o coração depois da dor e estender a mão em vez de a fechar com raiva, e isso é algo que provavelmente ressoa com muitos mais leitores, que existe a possibilidade de recuperar a leveza e um sorriso depois de algo pesado o roubar. Relativamente aos outros personagens, estão lá pelo mesmo motivo do conto, para apoiar a protagonista, não sofrem grandes epifanias nem recebem muita atenção, mas isso não é uma falha em todos os livros, neste certamente não é.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: O romance entre esta Cinderela e o seu Príncipe é adorável, eles identificam-se logo um com o outro e conectam, sem precisar de muito para isso. Eles têm aquele tipo de simplicidade com que muitos ambicionam, encarnam o conceito de almas gémeas onde alguma coisa cá dentro reconhece o outro imediatamente e isso basta para sabermos que o queremos na nossa vida. Como na história original, os momentos de contacto direto não são muitos, mas o desejo de estar um com o outro está sempre lá e isso faz o coração do leitor bater como doido.
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: É o tipo de livro que se lê todo seguido, e têm sorte se não ficarem desesperados e forem logo espreitar a página final (eu nunca faria isso, psh, claro que não), além de a protagonista ser alguém com quem nos é fácil identificar, então claro, imersão 100%.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Já voltei a este livro muitas vezes devido à pura doçura que me faz sentir quando o leio, tem menos profundidade do que algumas reinterpretações da Cinderela mas fica na memória pelo prazer que é lê-lo.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ:⭐⭐⭐⭐
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: Eu diria que 13, 14 anos é o mínimo para ler este livro, não por ter temas fortes mas simplesmente porque não faz sentido ficar embrenhados nos romances mais cedo que isso e começar a imaginar encontrar um Freddy Prince em todos os cantos para o resto da vida a partir daí.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: É uma leitura feliz, é tudo o que posso dizer, e de vez em quando precisamos de livros pouco sérios, finos e bonitos para nos despertar o entusiasmo para os outros mais sérios. Para quem estiver à procura de versões modernas de histórias da Disney digo já, é isto, RECOMENDO.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: Cinderela Pop, Paula Pimenta - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
Biblioteca de Agosto

Como no último mês, aqui está a lista dos livros falados durante Agosto:
"A Princesinha": Livros Encaracolados — "A Princesinha" (tumblr.com)
"Cinderela Pop" (Princesas Modernas #1): Livros Encaracolados — "Cinderela Pop" (Princesas Modernas #1) (tumblr.com)
"De Sete em Sete": Livros Encaracolados — "De Sete em Sete" (tumblr.com)
"A Ilha das Quatro Estações": Livros Encaracolados — "A Ilha Das Quatro Estações" (tumblr.com)
"Uma Coisa Absolutamente Incrível" (Os Carls #1): Livros Encaracolados — "Uma Coisa Absolutamente Incrível" (Os Carls #1) (tumblr.com)
Fiquem por aqui porque temos muito mais a ler em Setembro!
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ

Paula Pimenta, "A Princesa Adormecida" (Princesas Modernas #2)
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
"A Princesa Adormecida" (Princesas Modernas #2)

Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Era uma vez uma princesa... Já deves ter ouvido esta introdução algumas vezes nas histórias que adoravas em criança. Mas essa princesa sou eu. Quer dizer, pelo menos foi assim que fiquei conhecida. Só que a minha vida não é tão romântica como nos contos de fadas. Muito pelo contrário. Reinos distantes? Linhagem real? Rapto? Uma bruxa vingativa? Para mim, tudo isso existia apenas nos livros. O meu quotidiano era normal. Está bem, quase normal. Vivia com os meus tios superprotetores, era boa aluna, tinha grandes amigas. Até que, de um dia para o outro, tudo mudou. Imagina acordares e descobrires que o mundo que achavas que era real nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que conheceste na vida fossem apenas uma invenção e, ao despertares, percebesses que não sabes onde moras, nunca viste quem está ao teu lado e, especialmente, não tens a menor ideia de onde foi parar o amor da tua vida? Se alguma vez passares por isto, digo-te já que não serás a única pessoa a quem isso aconteceu. Não conheço a tua história, mas a minha é mais ou menos assim...
Aᴜᴛᴏʀᴀ: Paula Pimenta.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Há muito tempo atrás, numa terra distante, um príncipe (que sendo o último numa longa linhagem real nunca governaria o seu reino do tamanho de uma ervilha) e uma princesa (que em seu nome não tinha nem terras nem súbditos, só uma mão mágica para a cozinha que saltava gerações), conheceram-se, e apaixonaram-se através de um maravilhoso fondue de leite-creme. Não demoraram a perceber que o seu lugar feliz era ao lado um do outro e a sua relação floresceu de forma tão doce como a sobremesa que os juntou, talvez até mais, visto que numa questão de meses descobriram que tinham o seu próprio pãozinho no forno. Encantados com a notícia, decidiram casar logo após o nascimento da bebé e convidar toda a gente para a celebração da sua união, exceto uma mulher maléfica que era obcecada pelo príncipe. Furiosa, a vilã infiltrou a cerimónia para raptar o fruto do amor do casal, mas uma pequena interferência comprometeu-lhe os planos e forçou-a a esconder-se nas sombras permanentemente, para escapar a um destino nas masmorras. Mesmo sem se poder revelar, a bruxa não desistiu da sua vingança, aterrorizando os pais da princesinha com ameaças e perseguições constantes para lhes fazer clara a sua mensagem: se ela não tinha direito a um final feliz com o seu primeiro amor, então a filha deles também não teria a oportunidade de conhecer essa felicidade; ou morreria cedo pelas suas mãos, ou ficaria enclausurada até à maioridade e privada de experienciar a pureza das paixões da infância. O casal então percebeu que a supervisão constante à sua princesinha nunca seria suficiente, que estaria sempre em perigo, então para a proteger até apanharem a bruxa, fingiram a sua morte e enviaram-na para um lugar distante sob uma nova identidade. Algo que era suposto ser provisório tornou-se permanente, passaram anos, e sem sinais de onde a bruxa se pudesse esconder, a vida da princesinha continuou. À medida que o tempo foi passando, a rapariga começou a acreditar que toda aquela narrativa cheia de ação tinha sido um sonho, que não passara de uma das histórias mirabolantes que os tios lhe tinham contado na hora de dormir, e deixou-a para trás a favor da realidade. Agora conhecida como Ana Rosa Lopes, a princesa esquecida estuda num colégio interno e de anormal na sua vida só tem mesmo os três tios paranoicos. Aliás, o seu quotidiano é de tal forma banal que chega a ser aborrecido, daí o maior desejo da Rosa ser poder viver uma aventura, de ter a liberdade para encontrar um grande amor que lhe vire o mundo do avesso. Já se sabe, quando uma princesa pede, qualquer desejo se realiza, então no seu décimo sexto aniversário, graças à DJ Cinderela em pessoa, tudo muda, e um rapaz inesperado passa a ocupar-lhe tanto os pensamentos como as mensagens do telemóvel. Infelizmente, ou talvez felizmente, Rosa não está destinada à normalidade, então não se pode esperar que a sua vida amorosa siga esse rumo. Quando começa a desenvolver sentimentos por alguém que não só a obriga a quebrar a única regra dos tios, mas que não é nem perto de quem ela possa imaginar, os bloqueios que Rosa construiu à volta das suas memórias começam a desvanecer, colocando-a num caminho que tanto lhe pode conceder o entusiasmo a que ela aspirava como tirar a vida. De facto, um longo sono espera-a, e a isso ela não pode escapar, mas quando se tem três fadas-madrinhas e um príncipe muito apaixonado, o final feliz está garantido.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: É divertida, direta e tem a mesma simplicidade que se vê nos próprios contos de fadas, mas de forma radicalmente mais moderna.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: A Paula Pimenta conseguiu outra vez, pegou em todas as partes vitais e elementos pelos quais conhecemos a história original e escreveu-os de forma a estarem mais interligados do que antes, e a ainda guardarem surpresas. A raiva da vilã, a "maldição" que leva Rosa a viver isolada, os três tios que agem como fadas-madrinhas, as picadas que levam a um longo sono que só não mata a protagonista graças à presença do seu verdadeiro amor...existe tudo sem o lado da fantasia e FAZ SENTIDO, o que faz parecer que não paramos de ler a história original, mas que apenas estivemos a olhar para ela demasiado de perto e que afinal havia algo maior a acontecer. O único conceito que não funcionou para mim foram as mensagens, estou perfeitamente consciente que hoje, mais do que nunca, isso é considerado normal, mas continuo a achar estranha a ideia de formar conexões com estranhos na internet. Essa parte da história foi demasiado atual para mim e deteriorou o ambiente que se estava a tentar construir.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: Este livro não diverge muito da "Cinderela Pop" no que toca aos personagens secundários, continua a não ser um defeito que eles não recebam muita atenção, sendo que o seu propósito na narrativa é apoiarem a protagonista e serem hilariantes, e isso eles cumprem (os tios da Rosa em específico recebem um excelente mais nisto). Já a nível da protagonista, acontece o oposto do livro mencionado anteriormente. Ao contrário da história da Cíntia, em que ela só se torna interiormente na Cinderela no fim do livro, a Rosa é a Aurora desde o primeiro momento e isso reflete-se na forma como as coisas funcionam para ela. No que toca aos traços que são característicos da Aurora, a Rosa têm-nos: a inocência, a gentileza, a elegância, a extrema ingenuidade provinda de ter sido criada numa bolha...exatamente por essa última característica é que ela é terrivelmente sonhadora, e extremamente propensa a tomar decisões impulsivas que a podem colocar em risco em troca do ideal do amor. E é exatamente isso que ela faz, à primeira oportunidade que lhe aparece, ela quebra a promessa que fez aos tios de se manter discreta e de não falar com estranhos, simplesmente por quão novo é receber atenção masculina para ela. E apesar de isso parecer irritante ou demasiado conveniente para a autora, está totalmente de acordo com a personagem, mostrando que há uma consequência inevitável para o seu isolamento, e que isso moldou a forma como ela interage com o mundo. A melhor parte sobre a Rosa é que não é ela que muda ao longo da história, mas sim as suas circunstâncias, e esse é mais um aspeto em que o livro se mantém fiel ao filme, visto que um dos seus pontos principais é que é por a princesa ser intrinsecamente boa e se manter firme nos seus valores que recebe o seu final feliz. A Rosa é a Aurora até ao tutano e é refrescante ver uma história onde é intencional a ideia de que se calhar não temos de batalhar tanto para merecermos a felicidade, que enquanto trabalhar em nós mesmos é uma opção, o nosso "eu" atual é suficientemente perfeito para ser aceite.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: Foi um pouco desapontante, e nesta história não deveria ser. Apesar de eu compreender que nos filmes da Disney as diferenças de idade são o que são e que a este ponto não se podem mudar, preferia que o livro não se tivesse mantido fiel a esse aspeto. A ideia de uma miúda que acabou de fazer 16 anos estar com um rapaz de 19 é, no mínimo, desconfortável. Com a idade que têm, três anos de diferença é muito, implica terem as cabeças em sítios totalmente diferentes e é alarmante que ele não se tenha afastado quando descobriu que ela ainda andava na escola, mas não é a primeira vez que uma obra da Paula Pimenta tem este problema. Fora isso, as mensagens que os protagonistas trocam têm um tom forçado e os "elogios", que supostamente servem para mostrar o encanto e cavalheirismo do Phil, parecem ter sido tirados de um site de frases de engate. Mesmo depois de as intenções reais e da identidade do Phil serem reveladas, o ângulo de ele ter ido atrás da Rosa através de mensagens quando ela nem sequer tinha reparado que ele existia, é esquisito, o que prova que o conceito não funciona independentemente do lado por onde se olha. Para o fim, já há algum romance a sério e começa a crescer a esperança que eles fiquem juntos mas, tirando a cena no último capítulo, não há grandes momentos que redimam a Rosa e o Phil como casal. Uma pena.
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: É uma leitura rápida e que entretém, especialmente a partir do meio, onde tudo o que importa fica em jogo. Não nos é dado o tempo para nos distrairmos e abandonarmos o livro.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Nas minhas memórias este livro tem tonalidades cor de rosa e é extremamente romântico, perfeito para ler quando se quer borboletas na barriga, mas ao relê-lo percebi que não é bem assim. A minha impressão inicial diluiu-se um pouco, tal como alguma da significância que a obra tinha para mim.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ:⭐⭐⭐+ ½
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: Eu diria pelo menos 13 ou 14 anos, e sei que as minhas classificações de idade podem parecer um tanto inconsistentes mas os trabalhos da Paula Pimenta apresentam sempre o mesmo protótipo cliché do que é a vida depois da puberdade, e isso envolve sempre as festas, a bebida (embora de forma muitíssimo leve comparando com outras obras) e os namoros só porque sim. Já chegam todos os outros sítios (literalmente todo o lado) onde se diz ao miúdos que isto é o que é esperado deles nesta idade e que é totalmente aceitável, não é preciso agora os livros apoiarem esta noção. Daí eu dizer que é preciso alguma cabeça para ler isto, não vá alguém acreditar que a ideia de trocar mensagens com desconhecidos é romântica.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: É um livro agradável, com momentos doces e bom para desbloquear de uma fase onde parece que não se consegue ler nada. Começaria a ler a coleção das Princesas Modernas por causa deste volume? Provavelmente não, mas se já tivesse o primeiro, o investimento neste valeria a pena. Se estão à procura de um livro fino, fácil de digerir e gostam do estilo da Paula Pimenta e da Disney, então RECOMENDO.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: A Princesa Adormecida, Paula Pimenta - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
O Melhor Livro de Outubro
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Mᴀɪs Aʟᴛᴀ Esᴛᴇ Mᴇ̂s:⭐⭐⭐⭐+ 1/2
Cᴀɴᴅɪᴅᴀᴛᴏs ᴀ̀ Vɪᴛᴏ́ʀɪᴀ: "Serafina e o Manto Negro" (Serafina #1)
Vᴇɴᴄᴇᴅᴏʀ ᴇ Lɪᴠʀᴏ Dᴏ Mᴇ̂s: "Serafina e o Manto Negro" (Serafina #1) de Robert Beatty.
Só falei de dois livros este mês (época escolar a arrancar, ainda tenho de organizar melhor o meu tempo), e um deles não teve uma classificação exatamente espetacular, por isso a competição não foi renhida, mas isso não retira o mérito do vencedor. "Serafina e o Manto Negro" é um livro praticamente sem defeitos por muitos motivos, daí tê-lo recomendado, por isso INSISTO que o leiam, ESPECIALMENTE nesta altura do ano. É o livro mais Halloween-esco que há e é um ato criminoso perder a oportunidade de o ler na magia da sua estação. Aqui está:

Pᴀʀᴀ Oʙᴛᴇʀ ᴏ Gʀᴀɴᴅᴇ Vᴇɴᴄᴇᴅᴏʀ: Serafina e o Manto Negro, Robert Beatty - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
Biblioteca de Outubro

A (curtíssima) lista das leituras deste mês:
"A Princesa Adormecida" (Princesas Modernas #2): Livros Encaracolados — "A Princesa Adormecida" (Princesas Modernas #2) (tumblr.com)
"Serafina e o Manto Negro" (Serafina #1): Livros Encaracolados — "Serafina e o Manto Negro" (Serafina #1) (tumblr.com)
Novembro será preenchido por mais histórias!
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ